Tarifaço de 60%: o novo desafio das PMEs e as estratégias para sobreviver
O recente “tarifaço” de 60% sobre compras internacionais de até US$ 50 acendeu um alerta vermelho para pequenas e médias empresas brasileiras. Com margens já apertadas, os negócios devem enfrentar pressões inéditas, forçando ajustes imediatos em preços e operações. Segundo Marcus Marques, fundador do Grupo Acelerador, não basta cortar custos: sem processos estruturados e equipes capacitadas, reagir de forma precipitada pode agravar ainda mais as fragilidades internas. Nesta curadoria, exploramos como o aumento tributário expõe vulnerabilidades e por que investir em eficiência operacional se tornou a estratégia essencial para a sobrevivência das PMEs.
O choque do tarifaço de 60% para PMEs
Em meio a um cenário já desafiador, a entrada em vigor do “tarifaço” de 60% sobre compras internacionais de até US$ 50 pegou boa parte das PMEs de surpresa. Em questão de horas, insumos antes acessíveis – como peças de reposição, componentes eletrônicos e materiais de escritório – tiveram o preço final elevadíssimo, corroendo orçamentos apertados e projetando impactos diretos no caixa.
O choque imediato vai além do aumento tributário: saltos bruscos nos custos obrigam empresários a reverem preços de venda, fretes e até políticas de estoque em caráter emergencial. Para quem já operava com margens líquidas inferiores a 10%, cada ponto percentual a mais na carga tributária representa uma verdadeira ameaça à continuidade das operações.
Pressão sobre as margens e riscos de cortes sem critério
Segundo Marcus Marques, fundador do Grupo Acelerador, “o tarifaço vai pressionar ainda mais a margem de lucro, forçando ajustes imediatos em preços e operações. Mas cortar custos sem critério, demitir funcionários ou eliminar ferramentas importantes pode ser mais destrutivo do que o próprio imposto.” Em um cenário onde mais de 60% das PMEs operam com margens líquidas inferiores a 10%, cada ponto percentual a mais na carga tributária eleva o risco de insustentabilidade.
O especialista alerta que reações precipitadas, embora pareçam promover economia imediata, comprometem a saúde do negócio no médio e longo prazo. Veja alguns riscos comuns de cortes sem análise estratégica:
- Desestruturação de processos-chave;
- Redução de produtividade e aumento de retrabalho;
- Perda de talentos e know-how;
- Deterioração da qualidade de produtos e serviços;
- Queda na satisfação e fidelização de clientes.
Por que a eficiência operacional é o diferencial
Embora fatores externos como tributos e flutuações de mercado sejam desafiadores, a raiz das maiores fragilidades das PMEs está na própria estrutura interna. Segundo dados do Sebrae, mais de 60% das pequenas empresas operam com margens líquidas inferiores a 10%, o que só evidencia a necessidade urgente de aprimorar processos e reduzir desperdícios.
Vários pontos críticos costumam comprometer a competitividade e a resiliência do negócio:
- Processos mal estruturados que geram retrabalho e atrasos;
- Baixa produtividade decorrente de falta de automação e controles;
- Desperdício de recursos financeiros, materiais e de tempo;
- Ausência de visão estratégica para orientar decisões de curto e longo prazo;
- Indicadores de desempenho pouco definidos ou monitorados de forma irregular.
Para transformar essas fraquezas em pontos de força, as PMEs devem investir em eficiência operacional. Isso implica mapear e padronizar fluxos de trabalho, implementar indicadores claros e adotar soluções de automação que liberem equipes para atividades de maior valor.
Ações práticas para fortalecer sua gestão e proteger lucros
Para proteger sua margem e aprimorar a gestão, adote as seguintes medidas:
- Revisão de indicadores: analise regularmente KPIs financeiros e operacionais para identificar desvios e oportunidades. Defina metas claras de receita, custos e produtividade e acompanhe-as com disciplina.
- Auditoria de processos: mapeie fluxos de trabalho essenciais, identifique gargalos e elimine desperdícios. Documente etapas, padronize procedimentos e aplique melhorias que reduzam retrabalho e atrasos.
- Delegação inteligente: distribua tarefas de acordo com habilidades e disponibilidade da equipe. Utilize ferramentas de gestão para monitorar prazos e resultados, garantindo responsabilidade e eficiência.
- Capacitação de equipes: invista em treinamentos alinhados às necessidades do negócio, como controle financeiro, uso de sistemas e atendimento. Profissionais bem treinados evitam erros e agregam valor às operações.
Como a contabilidade digital pode apoiar sua PME
Em meio à pressão do tarifaço, o acesso a informações precisas e atualizadas é decisivo para a tomada de decisões rápidas e seguras. A contabilidade digital oferece às PMEs uma base estruturada para controlar custos, identificar oportunidades de economia e cumprir obrigações fiscais sem falhas.
Entre os principais benefícios que podem ser aproveitados estão:
- Automação de obrigações fiscais: geração automática de guias do Simples Nacional ou Lucro Presumido, reduzindo riscos de atrasos e penalidades.
- Dashboards em tempo real: visualização consolidada de receitas, despesas e tributos, facilitando o monitoramento de indicadores-chave e ajustes de preços ou estoques.
- Fluxo de caixa integrado: controles financeiros sincronizados com notas fiscais eletrônicas, garantindo previsibilidade e evitando surpresas no fechamento do mês.
- Consultoria tributária contínua: análise de cenários e simulações de carga tributária para otimização de regime, sem comprometer a conformidade.
- Registro e proteção de ativos: suporte no registro de marcas e patentes, assegurando a propriedade intelectual da empresa.
Com processos digitais bem estruturados, MEIs e MEs ganham eficiência operacional, liberando tempo para focar na expansão do negócio. A integração entre sistemas e relatórios automáticos aponta os caminhos para ajustes estratégicos e ajuda a manter a saúde financeira mesmo em momentos de alta tributária.
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Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Tarifaço expõe fragilidade de pequenas e médias empresas no Brasil